Perícia

Papiloscopistas: uma profissão essencial nas perícias criminais

Identificando pessoas ou cadáveres, através de técnicas periciais realizadas em laboratórios os profissionais do RS se destacam

IGP Digitais - Ascom - Profissionalismo: Os papiloscopistas buscam identificar impressões digitais deixadas em várias superfícies - inclusive em veículos


Por Anete Poll
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Revelando identidades e vestígios por meio das impressões digitais, os papiloscopistas, (que comemoram o dia nacional em 5 de fevereiro), têm papel essencial nas perícias criminais e em outras áreas. Seja identificando os detentos do sistema prisional gaúcho, presos em delegacias ou de outros estados, ou determinando a identidade de cadáveres oriundos de morte violenta, realizada em cadáveres em qualquer estágio de putrefação, nas mais diversas mortes.

Neste caso específico, dependendo do estado do cadáver, mais de uma técnica pode ser aplicada. "É um trabalho laboratorial que exige expertise e cuidado, pois muitas vezes temos apenas um dedo ou parte dele para realizar a perícia e revelar a impressão digital", diz Lizandréia Brombatti, papiloscopista chefe da Seção de Identificação Criminal e Necropapiloscópica do Departamento de Identificação. Do total de materiais biológicos "post mortem" encaminhados ao laboratório, os papiloscopistas conseguem determinar a identidade de 98%.

Em locais de crimes
De carros a garrafas plásticas, objetos e bens envolvidos em circunstâncias violentas passam pela análise de um papiloscopista em busca de impressões digitais que revelem quem estava na cena do crime. Toda impressão digital coletada e todos os objetos recolhidos em local de crime são analisados por papiloscopistas no Laboratório de Revelação de Latentes, onde são aplicadas técnicas periciais de revelação de impressões digitais muitas vezes invisíveis a olho nu.

Edméia Viana de Oliveira, papiloscopista chefe da Divisão de Perícias Papiloscópicas, conta que, com o auxílio de equipamentos e produtos específicos, é possível determinar a identidade em fragmentos de impressões digitais revelados em diversos materiais: a exemplo de uma luva de látex, em um local de crime. No laboratório os profissionais desenvolveram um revelador que possibilitou a coleta de um fragmento de impressão digital desta luva.

Porém, ainda não foram encontrados registros compatíveis que permitissem encontrar o dono ou dona da digital, mas este fragmento ficará arquivado para futuro confronto. Já em uma perícia do carro de uma vítima de latrocínio, localizaram fragmentos de impressões digitais de duas pessoas, fornecendo um caminho à investigação policial. As identificações de suspeitos também foram possíveis pela coleta das digitais em um caso de furto em uma loja de departamentos.

Eles ainda desenvolvem métodos para possibilitar revelações em diferentes superfícies. Um desses trabalhos é o desenvolvimento de um revelador para munições. Com o calor envolvido no disparo de uma arma de fogo, as digitais podem ser danificadas, o que dificulta o trabalho. Além disso, a superfície é muito pequena.

O estudo, comandado pela papiloscopista Crisle Vignol Dillenburg como parte de sua tese de doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), possibilitou, nos testes, a revelação com maior precisão da digital no projétil, e com o auxílio da equipe de fotógrafos criminais do IGP, que uniu diversas fotos de diferentes ângulos em uma mesma imagem, a digital gravada no cilindro foi planificada, possibilitando a identificação. Agora, os resultados estão sendo aplicados a casos reais, e poderão auxiliar na elucidação de crimes.

A equipe também trabalha para desenvolver novos reveladores e luzes que possibilitem o aumento da eficiência e a diminuição de custos com baixo impacto ambiental. A diretora do Departamento de Identificação do IGP, papiloscopista Katia Reolon Bittencourt, define o trabalho dos papiloscopistas do Rio Grande do Sul como excepcional. "São profissionais muito qualificados, comprometidos em pesquisas de novos processos, dedicados a fazer todo o possível para que a população gaúcha tenha toda a segurança".

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